Pessoalmente, eu gosto de associar sempre o guarda-roupa com o cenário para conseguir uma fotografia mais consistente. Nesta página, irei falar de como poderão escolher ou definir a zona de conforto na qual basearem o tema do guarda-roupa, tendo em conta o à vontade da modelo.
Escolher o tema:
Uma boa ideia é darmos a escolher à modelo o que lhe agrada mais: escolher o guarda-roupa ou o cenário? Quando faço assim, escolho eu o outro pormenor, consoante o que a modelo escolheu. Prefere uma sessão num jardim? Eu peço para levar roupa colorida e leve. Gostava mais de experimentar o biquini brasileiro que mandou de vir de fora? Então vamos a uma praia ou cascata. Irei descrever na página seguinte com maior detalhe esta conjugação do tema com o local.
Mas, como saber o melhor tema para vocês? Muitos fotógrafos e modelos escolhem os temas por questões de portfólio (falta-me uma sessão do tema A, já tenho muitos do B). Outros, preferem orientar-se pela metereologia (está calor, vamos até a uma praia fotografar). Mas acima de tudo, é preciso que a modelo esteja disponível pois, em última análise, é ela que tem a última palavra.
Para as modelos mais inexperientes, fica aqui uma sequência de fotografias em que poderão basear-se para decidir o tipo de fotografia com o qual se identificam mais. Ao fixarem um destes objectivos, poderão escolher o tema mais facilmente.
1. Guarda-roupa de inverno ou aproximado. Indicado se a modelo tiver algum tipo de marca no corpo com a qual não se sinta confortável e que prefira ocultar.
2. Peças mais leves. Pode haver algum decote, mini-saia, roupas curtas, mas peças simples. Recomendado para uma sessão fotográfica em que tanto fotógrafo como modelo estão numa fase inicial e não sabem o melhor tema.
3. Aqui já existe algum à vontade entre ambos e querem explorar mais as expressões faciais ou corporais. Recorrendo a decotes generosos, peças muito curtas ou alguma roupa interior para realçar a silhueta feminina, usam uma combinação de sensualidade e glamour para um toque mais expressivo e arrojado.
4. Se a modelo se sentir à vontade com o fotógrafo, poderá usar um biquini e posar num local qualquer, mesmo sem ser na praia.
5. Aqui é oficialmente lingerie. Difere de biquini pois poderá haver uma maior exposição do corpo (embora muitas lingeries tapem mais que alguns fatos de banho…).
Para as modelos mais aventureiras e ousadas, resolvi criar uma outra sequência de fotografias baseada na sensualidade até ao erotismo. Dada a enorme variedade de ramificações que poderíamos construir a partir destes exemplos, tenham isso em conta quando tentarem “classificar” estas fotografias para vós mesmas e as comunicarem ao fotógrafo. Podem e devem abrir excepções ou aplicar pequenas nuances como, por exemplo, “posso fazer a pose de nível 3 mas sem mostrar o rosto”.
1. Semelhante ao último nível da sequência anterior, mas sem receio de ocultar o rosto ou posar de costas.
2. Aqui a modelo pode trocar a lingerie por alguma peça transparente, deixando um vislumbre do que está por baixo. Implica algum à vontade com o fotógrafo, mas sem revelar demasiado na fotografia.
3. Sem usar mais nada, a modelo segura um pano, lençol, ou outra peça longa que tape parcialmente o corpo, fazendo um semi-nú.
4. Recorrendo a um ponto de vista cuidado, a modelo posa sem roupa, mas sem mostrar demasiado.
5. Nú integral, com ou sem rosto visível.
Uma dica recorrente para sessões onde sabemos previamente que a modelo irá ser fotografada com pouca roupa – semi-nú, lingerie, biquni – é pedir à modelo para não usar soutiens nem outras peças com elásticos e que possam deixar marcas no corpo, quer na véspera, quer no próprio dia da sessão. É verdade que temos sempre a possibilidade de fazer um tratamento de imagem no final, mas algumas marcas são complicadas de remover. Por isso, se puderem evitar, as fotografias irão ficar melhor.